#2 Emergências: como comprar tranquilidade
#2 Emergências: como comprar tranquilidade
Coisas dão errado.
Nossos planos às vezes dão certo e a gente fica feliz. Outras vezes eles falham e a gente leva um preju e um aprendizado para casa.
E isso é supernatural. A vida é simplesmente inesperada, e tá tudo bem com isso.
Além disso, estamos sujeitos às mais diversas aleatoriedades: máquina de lavar, geladeira, carro, tudo isso um dia quebra. Seu celular pode ser levado pelo assaltante. Sua casa pode pegar fogo.
Mas se você estiver suficientemente preparado, quando qualquer coisa dessa acontecer, você vai responder com tranquilidade: “tudo bem, isso aí a gente resolve agora”.
E para se proteger dos tropeços e perrengues da vida, as melhores ferramentas para isso são
- a reserva para emergências; e
- os seguros
Reserva para Emergências
Aqui o pensamento é simples: junte uma grana que será usada apenas em situação de emergência.
Um bom número seria juntar dinheiro suficiente para viver 6 meses sem ganhar nada, mas isso pode variar para mais ou para menos, de acordo com o cenário econômico da sua família e sua tolerância a riscos.
Se você não tem nada nada, e 6 meses de reserva parecer muito distante, não se preocupe.
Foca AGORA em juntar os primeiros R$1.000.
Essa agora deve ser a prioridade de toda a sua vida financeira.
Só depois de passar dessa barreira dos R$ 1.000 é que você se precisa se preocupar com outras metas ou tipos de investimentos.
Onde juntar a reserva para emergências?
Em investimentos seguros, que não tenham flutuações de preço, e que possibilitem uma retirada a qualquer dia. Afinal de contas, é um dinheiro para emergências.
Contas Digitais que rendam 100% do CDI ou Tesouro SELIC são a boa. Exemplos:
- Nuconta (Nubank)
- Picpay
CDB de Liquidez Diária que renda 100% do CDI ou mais também são uma opção válida.
Essa reserva serve para toda e qualquer emergência e fica rendendo juros na sua conta, o que é ótimo para você e permite que, ainda que aos poucos, o dinheiro vá crescendo ao longo do tempo.
Seguros
Já para algumas outras coisas, você precisa de proteção AGORA, e não dá pra aguardar juntar uma reserva para emergências.
É aí que entram os seguros. Você paga um valor mensal (ou anual) em troca da proteção.
Os casos mais comuns são para proteger o seu imóvel ou o seu carro, mas hoje em dia existe seguro até para celular.
Além desses casos mais ilustrativos que protegem bens materiais, você também encontra o plano de saúde, seguros de vida e aposentadoria (ex.: VGBL), seguro social (INSS), seguro desemprego, e outros diversos casos tanto públicos quanto privados.
Diferente da reserva para emergências, o dinheiro não rende, não volta para você, é um gasto e acabou. Mas se o imprevisto acontecer, a seguradora cobrirá o seu prejuízo.
Para entender os seguros, há alguns termos que você precisa conhecer: prêmio, cobertura e sinistro.
O prêmio do seguro é o valor que você paga para a seguradora te proteger.
A cobertura do seguro é o valor que a seguradora vai te pagar em caso de sinistro.
E sinistro é o fato inesperado do qual você está tentando se proteger.
O seguro é um acordo entre você e a seguradora. E todas as condições desse acordo - como o prêmio e a cobertura - estão descritos no contrato do seguro.
Segurança e Tranquilidade
Esses são os principais modos de se proteger dos imprevistos financeiros da vida: a reserva para emergências e os seguros.
Apesar do pensamento humano ser naturalmente otimista e procrastinador, a busca pela segurança também faz parte do nosso instinto.
E sentir essa segurança faz com que tenhamos mais liberdade para inventar coisa boa.
E é nesse ritmo que vamos ver no próximo capítulo sobre como investir nas máquinas de fazer dinheiro e atingir a independência financeira.