Finanças Comportamentais
Finanças Comportamentais
Nós não somos perfeitamente racionais, e nosso inconsciente afeta sistematicamente as nossas decisões financeiras.
Esses deslizes mentais nos levam a poupar pouco para o futuro, não nos preparar para emergências, comprar por impulso, ceder a apelos publicitários, não conseguir cumprir nossas metas e sonhos e enfim, a termos uma vida pior do que ela poderia ser.
A boa notícia é que a psicologia e a economia vêm estudando essas falhas e encontrando diversos padrões consistentes que bagunçam as nossas decisões.
Um dos frutos desses estudos é essa lista de heurísticas e vieses que você verá nesta seção.
As heurísticas são regras de bolso (ou atalhos mentais) que agilizam e simplificam a percepção e a avaliação das informações que recebemos.
Se por um lado elas simplificam nossas decisões, por outro, elas podem nos induzir a erros. Quando esses erros ocorrem de forma sistemática e previsível, nós as chamamos de vieses.
Neste texto você vai ver:
- uma introdução mais formal do que são essas tais finanças comportamentais,
- referências sobre o assunto (caso você queira ler mais).
No próximo texto, você verá:
- uma lista (não exaustiva) de vieses cognitivos que influenciam nossas decisões financeiras,
- um resumo (agrupado por situações cotidianas),
- e formas de contornar esses vieses: soluções práticas para enfraquecer o efeito dessas más influências na sua vida
Finanças Comportamentais - Conceito
A teoria clássica de economia e finanças tem como uma de suas premissas a racionalidade dos agentes (pessoas, famílias, empresas).
Por racionalidade, entendemos que esses agentes representativos fazem escolhas tentando maximizar suas utilidades (prazer, bem-estar, etc) dadas suas restrições de recursos (tempo, dinheiro, etc), e se possível, tendo em mente que os demais agentes são também racionais (pensamento que deriva da teoria dos jogos).
Quando queremos fazer uma análise mais profunda sobre as decisões dos indivíduos, vemos que a hipótese de racionalidade – em diversos momentos – não traduz a realidade de forma adequada.
A partir da retirada dessa hipótese, surge um novo campo de estudo, que envolve ciências comportamentais (ex.: psicologia) e economia para tentar entender as decisões dos indivíduos levando em conta a irracionalidade. É a economia comportamental.
E quando vamos ao escopo da gestão do dinheiro, chegamos então às finanças comportamentais.
Referências
As listas abaixo foram criadas com base no brilhante trabalho da Comissão de Valores Mobiliários, que tem papel de liderança no estudo e propagação da economia comportamental no Brasil. Você pode encontrar as cartilhas CVM Comportamental no site da autarquia (link aqui).
E se você se interessar ainda mais por ciências comportamentais, ou quiser entender melhor sobre como nossa mente sistematicamente afeta nossas decisões de maneira irracional, recomendo os seguintes livros:
- Inteligência Emocional, de Daniel Goleman
- O Poder do Hábito, de Charles Duhhig
- Rápido e Devagar, do Nobel de Economia Daniel Khaneman.